Polícia Civil conclui investigação e indicia acusado de se apropriar de mais de R$ 277 mil do avô de 89 anos

30 de abril de 2025

A PCRR (Polícia Civil de Roraima) por meio da DPIPCD (Delegacia de Proteção ao Idoso e Pessoa com deficiência) concluiu as investigações e indiciou A.R.R., de 29 anos, por apropriação dos rendimentos financeiros do próprio avô, um idoso de 89 anos. O homem se apropriou de mais de R$ 277 mil reais do idoso no período de um ano.

De acordo com o delegado que preside as investigações, Franco Ghiggi, o caso chegou ao conhecimento da PCRR por meio de denúncia de familiares da vítima, que registraram Boletim de Ocorrência em abril de 2024.

Segundo as investigações, o homem passou a residir com o avô após enfrentar problemas familiares e, com o tempo, ganhou a confiança do idoso, passando a auxiliá-lo em transações financeiras e pagamentos de contas, como água, luz, plano de saúde e compras de alimentos.

“Com a confiança estabelecida, as investigações apontam que A.R.R. começou a realizar resgates de aplicações financeiras mantidas pelo avô em cadernetas de poupança e Certificados de Depósito Bancário (CDB). Após os resgates, os valores eram creditados na conta do idoso e, em seguida, transferidos via Pix para a conta pessoal do investigado”, detalhou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a vítima, após fazer uma cirurgia cardíaca, foi ao estabelecimento bancário e constatou o desvio do dinheiro para a conta do neto.

“As transferências iniciaram com valores entre R$ 100 e R$ 500, aumentando progressivamente. No primeiro mês, foram R$ 2 mil; no mês seguinte, R$ 5 mil; e posteriormente, R$ 47 mil em apenas um mês. Entre agosto de 2023 e abril de 2024, o total desviado chegou a R$ 277 mil. O caso foi descoberto por tios do acusado, juntamente com a vítima e denunciado à Polícia Civil”, disse.

Durante as diligências realizadas, as investigações concluíram que A.R.R., apropriou-se, indevidamente, dos rendimentos financeiros do próprio avô.

“Após a vítima ter descoberto, o investigado saiu de Roraima. As investigações apontam que ele mora, hoje, no Estado do Rio de Janeiro. Ele foi intimado para ser ouvido por videoconferência, mas se recusou a participar do ato e disse que se manifestaria em juízo. O caso está encerrado no âmbito Policial e o inquérito será remetido à Justiça”, disse.

ALERTA – O delegado franco Ghiggi, observou que grande parte dos crimes patrimoniais contra idosos é cometida por familiares próximos, muitas vezes por meio de apropriação direta de recursos ou contratação de empréstimos em nome das vítimas.

“Os crimes de apropriação de bens e de rendimentos de pessoas idosas, na maior parte das vezes, tem como autores familiares, seja neto, filho, filha, nora, genro, enfim, pessoas do círculo familiar. Recomendamos que os idosos não passem sua senha do banco, que não emprestem seu cartão, que não autorizem que seja instalado o aplicativo de banco no celular dos seus familiares e não deem um livre acesso às suas contas.”, disse.

Ainda segundo ele, ao solicitar auxílio para terceiros, os idosos devem fazer uma conferência junto à instituição bancária, indo na agência, retirando o extrato, para ver se foi realizado efetivamente aquilo que tinha sido solicitado.

“Quando há um franqueamento de um livre acesso às contas, pode acontecer o que nós temos visto frequentemente, que é essa dilapidação patrimonial”, completou o delegado.

O homem foi indiciado por apropriação de rendimentos de pessoa idosa no âmbito do Estatuto do Idoso. O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para prosseguimento da persecução penal.

SECOM RORAIMA

Texto: Ascom/PCRR

Fotos: Ascom/PCRR

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