BUSCAS CONTINUAM
Uma operação conjunta coordenada pela PCRR (Polícia Civil de Roraima) localizou e resgatou três corpos de garimpeiros na tarde de segunda-feira, 19, em uma área de garimpo localizada na Terra Indígena Yanomami, no município de Alto Alegre. As buscas continuam para encontrar outros dois corpos naquela região.
A operação conta com a participação de equipes da PCRR, do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), do Exército, por meio do CMA (Comando Militar da Amazônia), da Marinha e da Força Aérea Brasileira.
De acordo com informações prestadas pelo delegado titular de Alto Alegre, Wesley Costa de Oliveira, os três corpos foram localizados e transportados para Boa Vista e entregues no IML (Instituto de Medicina Legal) na manhã desta terça-feira, 20. Serão submetidos a exames periciais para confirmação de suas identidades.
“Os corpos já estavam esqueletizados, o que dificulta a identificação oficial das vítimas. Então o primeiro passo é buscar identificá-los por meio da arcada dentária. Caso não seja possível, por esse processo, será realizado o exame de DNA. As buscas continuam para encontrar os dois corpos reclamados por familiares. Essa é uma operação marcada por desafios logísticos e de segurança, que teve início no último sábado [17], quando as equipes se deslocaram para essa região de garimpo, visando resgatar os corpos das vítimas”, disse.
O delegado ressaltou ainda que a localização e resgate dos três corpos que já estão em Boa Vista, representam um avanço significativo na operação em curso, demonstrando a eficácia da coordenação entre as diferentes forças de segurança.
“No entanto, o trabalho ainda não está concluído, e as equipes permanecem empenhadas em encontrar os outros corpos e em investigar os eventos que resultaram nessas mortes”, disse.
SOBRE OS CASOS
Duas ocorrências foram registradas na PCRR relatando as mortes de cinco garimpeiros, vítimas em conflitos na Terra Yanomami. Os familiares pediram apoio para resgatar os corpos.
O primeiro caso foi registrado no dia 4 de fevereiro por familiares de José Winicios Feitosa de Oliveira, de 21 anos, e Adriano Domingues da Silva. Foi relatado que os dois estavam próximos à Pista da Pupunha, em Terra Yanomami, e desde o dia 28 de janeiro não davam notícias. Posteriormente os familiares receberam a informação de que ambos teriam sido assassinados, mas não sabiam detalhes do que poderia ter ocorrido.
O segundo caso foi registrado por familiares de Josafá Vaniz da Silva, de 52 anos, Luiz Ferreira da Silva, de 50 anos, e Elizangela Pessoa da Silva, de 43 anos. Segundo relato, os garimpeiros teriam sido mortos em um suposto ataque de indígenas, ocorrido por volta das 15h de 8 de fevereiro, em uma área de garimpo entre a localidade de Parima e Dicão.