Polícia Civil prende empresário em flagrante por tentativa de feminicídio e corrupção ativa em Rorainópolis

A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da Delegacia de Rorainópolis, prendeu em flagrante, na noite de ontem, dia 26, o empresário W. F., de 38 anos, por tentativa de feminicídio contra sua esposa, uma advogada de 42 anos. Ele também foi autuado pelos crimes de desacato, resistência e corrupção ativa. O homem tentou subornar o delegado, com o valor de R$30 mil, para que mudasse a tipificação do crime e ele pudesse sair sob fiança.

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular de Rorainópolis, Rick Silva e Silva, o caso ocorreu em uma fazenda próxima à Vila Novo Paraíso, no município de Rorainópolis.

Segundo relato da vítima, o casal, casado há quatro anos, estava em casa com a família quando a agressão ocorreu. Ela relatou que já sofreu outras agressões do marido no passado e que, em dezembro de 2024, chegou a obter uma medida protetiva de urgência, posteriormente arquivada a pedido dela.

“A vítima relatou que ontem à tarde, enquanto bebiam na fazenda em companhia do irmão e da cunhada do suspeito, W. F., teria iniciado a agressão, alegando que a vítima teria agredido o filho deles. De acordo com a vítima, ele desferiu socos, tapas e puxões de cabelo, além de atingi-la com dois golpes de garrafa de uísque na cabeça, o que resultou em ferimentos que precisaram de sutura. Familiares tentaram conter o agressor, mas ele estava alterado e fugiu do local levando o filho do casal, de apenas três anos” detalhou o delegado.

A vítima foi socorrida ao hospital pela família e, após receber atendimento médico, procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Na ocasião, ela representou criminalmente contra o marido e solicitou uma nova medida protetiva de urgência.

“Os policiais realizaram diligências e localizaram o suspeito ainda na noite de ontem. Já na delegacia, durante o procedimento de flagrante, ele ofereceu R$ 30 mil para que as acusações contra ele fossem alteradas, configurando o crime de corrupção ativa”, disse o delegado.

Ao ser interrogado o empresário disse que na hora dos faltos estava embriagado e não quis falar sobre as agressões contra a mulher e tampouco sobre o crime de corrupção contra servidor público. Contra ele foi lavrado um APF (Auto de Prisão e Flagrante) por tentativa de feminicídio com agravante de condição do sexo feminino (artigo 121, §2º, inciso VI, combinado com o artigo 14 do Código Penal), desacato, resistência e corrupção ativa. Ele foi apresentado na Audiência de Custódia.

SECOM RORAIMA
Texto
: ASCOM/PCRR
Foto: PCRR

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